
Ela era uma sereia muito diferente das outras. Tinha os lábios vermelhos como os corais, os olhos verdes como as algas, os cabelos azuis como o mar e as orelhas esquisitas, cor-de-rosa e escamosas. Mas o que ela tinha mais de diferente era não saber nadar.
Para conseguir ir à escola tinha de ir no golfinho Golfy. Lá na escola todos lhe chamavam “menina do mar”. Algumas raparigas gozavam com ela mas os rapazes, embora fosse diferente, tratavam-na bem.
Quem tomava conta dela era o Golfy, um caranguejo chamado Sebastião e um polvo chamado Fixe. Eles encontraram a sereia, quando ela ainda era bebé, num recife de coral, prisioneira de três horríveis moreias. Conseguiram libertá-la. Deram-lhe o nome de Serafina e sempre cuidaram dela com muito amor.
Certo dia, viu-se na primeira página do jornal escrito « rei Tritão procura a sua filha Sereiazinha. Recompensa de mil conchas».
Aí todas as sereias foram ao pálacio real. Nenhuma delas era a Sereiazinha, até que chegou a vez da Serafina.
O rei reconheceu-a porque era a única a ter um sinal com a imagem do brasão da família real: um tridente.
O Golfy, o Sebastião e o Fixe ficaram tristes porque iam perder a Serafina mas ela pediu ao Rei Tritão que deixasse os amigos viverem com ela.
O rei disse que podiam ficar no palácio e serem os guarda-costas da Sereiazinha.
A partir desse dia a Sereiazinha começou a conseguir nadar e ficou respeitada por todos.
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