sábado

A Fada do Jardim


A Marta e a Inês viviam numa vila pequena. A Marta era morena e de cabelos lisos e a Inês era loira e de cabelos encaracolados. Elas eram as melhores amigas que por ali se viam. Ambas tinham o sonho de ser bailarinas e cantoras.
Certo dia foram passear pelo Jardim mais antigo da vila e, quando se debruçaram para cheirar as flores viram uma delas a mexer-se, apanharam-na, e viram que era uma fada.
A fada olhou e disse:
- Oh não! Por favor, finjam que nunca me viram!
- Não, por favor, não te vás embora! – disseram as duas juntas.
- Tenho de ir.
- Mas…não vás! – disse a Marta.
- Nós queremos conhecer-te! – disse a Inês.
- Está bem, desde que guardem a minha existência em segredo.
- Nós guardamos! – disseram as duas.
- Muito bem, eu chamo-me Flora e sou a Fada do Jardim.
- Fada do Jardim? - disse a Marta.
- Sim.
- E o que é uma Fada do Jardim?
- Uma Fada do Jardim é uma fada que protege os jardins. Por isso é que tenho as asas em forma de flor.
- Já percebi - disse a Inês.
- E tu não tens medo que revelemos o teu desejo?
- Não porque eu sei ver quais são as pessoas minhas amigas – disse a fada.
De repente, uma sombra estranha surgiu no ar e as meninas disseram:
- O que é que é aquilo? Parece…
- É um dragão- disse a fada.
A fada, ao ver que aquele dragão era o seu inimigo, deu às meninas o poder de o controlarem com as suas danças e canções e uma pulseira que piscava quando estavam em perigo.
Quando o dragão chegou à terra começou a ameaçar a fada, quase a esmagava (ela era uma fada muito pequenina). As meninas começaram a dançar e a cantar e o dragão foi-se embora para o seu covil.
“Tenho de executar um plano para as apanhar”- pensava o dragão.
No dia seguinte, as meninas levaram a fada, disfarçadamente, numa cesta com flores, até ao largo da aldeia.
A meio do caminho apareceu-lhes um local que só elas viam. Lá decorria um concurso para eleger a “Miss. Perfeita”. As meninas queriam as duas ganhar o concurso e, por isso, abandonaram o cesto com a Flora lá dentro.
No concurso começaram a discutir porque ambas se achavam a mais perfeita até que a pulseira da Inês piscou e ela descobriu que estava a viver uma ilusão.
Ao ver que a Flora tinha sido raptada pelo dragão, enquanto estavam ali, a Inês correu como louca tentando recuperar a sua amiga fada e Marta era eleita a Miss Perfeita. A Marta farta de ouvir os “bips” da puseira, tiro-a e atirou-a para o chão.
A Inês chegando ao covil do dragão escondeu-se mas como estava rodeada de mal a sua puseira fez barulho e o dragão prendeu-a e disse:
- Agora só falta uma para completar a colecção!
O dragão foi até à ilusão que a Marta vivia e tentou raptá-la mas esta, ao ver-se em perigo, lembrou-se logo que a sua única salvação era a pulseira. Correu a buscá-la e começou a cantar e a dançar. Tanto cantou e dançou que o dragão desistiu.
Foi atrás dele e pelo caminho viu uma espécie de atalho com uma seta iluninada a dizer “segue-me”. Meteu-se por esse caminho, estreito e pântanoso, e foi seguindo todas as setas. No final havia uma muito maior que as outras e que dizia “AQUI”.
Entrou numa gruta e viu as suas duas amigas presas numa estaca. Tentou libertá-las mas não conseguiu. A corda era uma corda mágica atada com sete nós e que humano algum conseguia desatar.
Ouviu-se um rugido: o dragão surgiu no covil e a Marta começou a cantar. Ao ver que a sua amiga já tinha perdido a Vaidade, a Inês também cantou com toda a sua força. Flora, a fada ao ver que as duas eram de novo amigas, atirava vários raios de luz ao dragão, tentando derrotá-lo.
O dragão lançava chispas de fogo, de tão enraivecido que estava. Ia perdendo as suas forças e de repente, ao som dos cânticos das duas meninas e da explosão de luz emanada da Fada do Jardim transformou-se em pedra.
O entardecer já espreitava por entre a folhagem das lindas árvores do jardim. As duas amigas sentiram o quentinho dos últimos raios de sol nas suas faces e acordaram estremunhadas.
- Que sonho mais estranho! – disse a Inês.
- Engraçado, também tive um sonho estranho, fascinante e assustador – disse a Marta.
De entre as árvores surgiu um estranho e lindo cintilar. As duas desviaram o olhar nessa direcção e no largo que havia entre as árvores viram a estátua de um dragão.
Ambas fecharam os olhos e quando os abriraram novamente o dragão piscou-lhes um olho!...



Fotos: Internet(pesquisa google)

1 comentário:

Anónimo disse...

ha sonhos que parecem ser reais....


sonhar e sempre bom continua e que os teus sonhos se transformem em realidade, nao esquecendo que nunca se deve desistir.


beijinhos do primo joao